LeSS

O LeSS, Large-Scale Scrum ou Scrum em Larga Escala, foi criado por dois agilistas com grande experiência em ajudar organizações com dezenas, centenas e, em algumas ocasiões, alguns poucos milhares de pessoas a usar o Scrum, em muitos casos em mais de uma localização geográfica.

A ideia principal do LeSS é aplicar, a um contexto de larga escala, o Scrum tal como ele é. Ou quase. LeSS adiciona pouquíssimos elementos ao framework básico, chegando até a remover alguns aspectos, como a Meta do Sprint e a definição de Time de Scrum. Assim como o Scrum, LeSS é deliberadamente incompleto e utiliza a abordagem empírica da transparência, inspeção e adaptação para o trabalho, em vez de buscar aquela previsibilidade ilusória que dita o funcionamento de muitas organizações.


A organização gira em torno do trabalho de Times de Desenvolvimento, que são seus elementos mais importantes. Esses times geram, cada um, funcionalidades prontas, de ponta a ponta, eliminando assim dependências assíncronas que gerariam filas e esperas. Apoiados por seus Scrum Masters, os times se auto-organizam na coordenação de seu trabalho, no planejamento conjunto do que cada um fará no Sprint, na colaboração durante o Sprint para resolver dependências entre eles de forma síncrona, na distribuição do conhecimento necessário para realizar o trabalho e na resolução de problemas organizacionais. Essa maior responsabilidade dos Times de Desenvolvimento reduz e até elimina a necessidade da gerência intermediária, achatando a hierarquia organizacional e simplificando a organização.

A mudança da mentalidade de projeto para a mentalidade de produto é mais uma das ideias poderosas que LeSS adota buscando a simplicidade. A organização move o foco de seu trabalho da realização contínua de projetos, que frequentemente representam grandes lotes de trabalho, para a entrega incremental de valor para seus usuários, em pequenos lotes.

O trabalho, realizado em pequenos lotes, é continuamente integrado entre os diversos times, permitindo a realização de entregas frequentes para os usuários do produto. Esses ciclos curtos de feedback realimentam continuamente o planejamento, maximizando a capacidade de adaptação da organização.

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